A
minha recomendação é comprar, fechar a porta do seu quarto, e
embarcar na viagem sem deixar que as trivialidades da vida te
interrompam. Se fizer isso talvez tire do jogo essa experiência
curta, marcante e esteticamente prazerosa que ele fornece. Eu posso
garantir que o jogo valeu muito a pena.
A
mecânica é muito simples. Pule, abaixe, corra, pule e pule mais.
Mas o jogo não te ensina alguns dos truques avançados para poder
alcançar certas plataformas e colecionáveis, o que é bom, assim
temos um jogo que espera de seu jogador um mínimo de dedicação. Eu
pessoalmente odeio ser superprotegido. Gosto quando exigem de mim,
por isso gostei do jogo exigir um pouco.
A
trilha sonora é puramente instrumental, é marcante demais. Muitas
das pessoas que jogarem o jogo vão se pegar ouvindo a música no
youtube depois da jogatina. Pelo menos foi assim comigo. Ela
tranquiliza e dá ênfase à atmosfera desejada pelos criadores do
jogo, tornando o jogo uma experiência ainda melhor.
Refunct
não tem história, mas possui um certo conceito. A palavra "refunct"
significa retornar a um estado operacional depois de um período sem
funcionar. O texto do jogo é mínimo e não há dublagem, as
conquistas da Steam ajudam a entender o que os criadores queriam que
o jogador sentisse. Eu recomendo demais completar os 100 por cento do
jogo. É bem legal o que acontece.
Os
seres humanos têm sonhos de grandeza. Quando um deles quer ser
boxeador se imagina nocauteando o Mike Tyson, quando quer ser jogador
de futebol, pensa em ser melhor que o Pelé. Quando jogadores de
videogame pensam em um jogo, eles pensam em grandiosidade de
produção. Refunct vai de contra tudo isso, ele é suavidade,
pequenez, simplicidade. É como um gesto simples de amor, com pequena
duração, que se perde facilmente no meio do tempo, mas que fica e é
profundo.
Fera! Texto muito bom! Fiquei até animado a adquirir esse game tb.
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